Os Fumadores, 1911-12
óleo s/tela
129,2x96,5 cm
Fernand
Léger
Jules-Fernand-Henri
Léger (Argentan, Orne, 4 de fevereiro de 1881 — Gif-sur-Yvette, 17 de agosto de
1955) foi um pintor francês que se distinguiu como pintor e desenhador cubista,
autor de muitas litografias.
Nascido
na Baixa-Normandia, iniciou a sua formação artística aos catorze anos, sendo
aprendiz de um arquitecto em Caen. Em 1900 rumou para Paris, onde ingressou na
Escola de Artes Decorativas, após uma tentativa frustrada de ingressar na
Escola das Belas-Artes.
Em
1908, e na mesma cidade, instalou-se num edifício conhecido como
"Ruche" (colmeia, em português), onde conviveu com outros artistas
como Jacques Lipchitz, Robert Delaunay e até Marc Chagall, tendo-se tornado um
dos melhores amigos deste último.
Entre
1909 e 1910, realizou a sua primeira grande obra “Nus no bosque”, uma pintura
onde são notáveis as aspirações impressionistas.
A
partir do de 1911, conheceu Pablo Picasso e Georges Braque, os quais lhe
transmitiram influências cubistas, nas quais se aplicou e trabalhou durante a
maior parte da sua carreira artística.
Em
1914, com o início da Primeira Grande Guerra, Léger foi recrutado para as
trincheiras. Após esta etapa da sua vida, a sua pintura passou a representar a
sua admiração pelos objectos mecânicos, tendo especial interesse pelos tanques
de guerra.
A
partir de 1920, predomina em sua obra a figura humana enquadrada por elementos
industriais. Ainda na segunda década do século, numa nova fase da sua vida,
produz e dirige o filme O ballet mecânico.
Devido
à Segunda Grande Guerra, exilou-se nos Estados Unidos, onde foi professor na
Universidade de Yale e no Mills College, tendo voltado para França em 1945.
De
volta à sua terra natal, concebeu os vitrais da Igreja do Sacré-Coeur de
Audincourt e um painel para o Palácio das Nações Unidas de Nova Iorque.
Em
1945 filiou-se no Partido Comunista e a sua obra passa a focar o trabalhador e
o proletariado.
Pintou
em 1954 o seu mais conhecido quadro: A grande parada.
Em
1955, ano do seu falecimento, foi homenageado com o prémio da Bienal de São
Paulo.
O
trabalho de Léger exerceu uma influência importante no construtivismo
soviético. Os modernos pôsteres comerciais, e outros tipos de arte aplicada,
também se vieram influenciar por seus desenhos. Em seus últimos trabalhos,
realizou uma separação entre a cor e o desenho, de tal maneira que suas figuras
mantêm seus formulários robóticos definidos por linhas pretas.
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