Primeira distribuição das cruzes da Legião de Honra, em 14 de
julho de 1804
Jean-Baptiste
Debret ou De Bret (Paris, 18 de abril de 1768 — Paris, 28 de junho de 1848) foi
um pintor, desenhista e professor francês.
Integrou
a Missão Artística Francesa (1816), que fundou, no Rio de Janeiro, uma academia
de Artes e Ofícios, mais tarde Academia Imperial de Belas Artes, onde lecionou
pintura.
De
volta à França (1831) publicou Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil
(1834-1839), documentando aspectos da natureza, do homem e da sociedade
brasileira no início do século XIX.
Uma
de suas obras serviu como base para definir as cores e formas geométricas da
atual bandeira republicana, adotada em 19 de novembro de 1889.
Filho
de Jacques Debret, funcionário do parlamento francês e estudioso de História
Natural e Arte, e irmão de François Debret (nascido em 1777), arquiteto, membro
do Institut de France. Era parente (primo) de Jacques-Louis David (1748-1825),
líder da escola neoclássica francesa. Estudou no Lycée Louis-le-Grand. Foi
aluno da Escola de Belas Artes de Paris, na classe de Jacques-Louis David.
Também chegaria, como seu irmão François, ao Institut de France. Obteve em 1791
o segundo prémio de Roma, com a tela Régulus voltando a Cartago.
A
Revolução Francesa necessitava de engenheiros que entendessem de fortificações;
foram, então, selecionados alguns dos alunos mais brilhantes para o curso de
Engenharia. Debret foi um dos escolhidos, tendo estudado engenharia por cinco
anos, seguindo a tradição da família, na École Nationale des Ponts et Chaussées.
Depois
de formado, em janeiro de 1795 foi contratado como desenhista de 3 classe na
École centrale des Travaux Publics (futura École Polytechnique) que apenas
começava suas atividades. Em dezembro do mesmo ano passa a professor de
desenho. Em abril de 1796, sua vaga foi extinta e ele deixa a escola a École
Polytechnique.
Apesar
da carreira de engenheiro, Debret voltaria à pintura. Expôs no salon de 1798 um
quadro com figuras de tamanho natural – Le général méssénien Aristomène delivré
par une jeune fille, com o qual ganhou um segundo prêmio. Expõe em 1804, no
salon, o quadro O médico Esístrato descobrindo a causa da moléstia do jovem
Antíoco.
Em
1805 muda a temática de suas pinturas, expondo Napoleão presta homenagem à
coragem infeliz, que recebeu menção honrosa do Instituto de França. Debret
finalmente encontrara-se com o que seria o tema principal de suas obras
enquanto na França: Napoleão. Expôs no salon em 1808 o quadro Napoleão em
Tilsitt condecorando com a Legião de Honra um soldado russo. Em 1810, um novo
“tributo” ao Napoleão fora criado – Napoleão falando às tropas; seguido por A
primeira distribuição de cruzes da Legião de Honra na Igreja dos Inválidos, de
1812. Não por acaso, Napoleão era um verdadeiro mecenas para artistas como
Debret e David, apoiando – inclusive financiando – a disseminação da arte
neoclássica.
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