Peixeirinhas, 1938, óleo sobre tela,
80 x 70 cm
Lino
António
Lino
António da Conceição (Leiria, 26 de Novembro de 1898 — Lisboa, 23 de Outubro de
1974) foi um pintor português, possivelmente aquele cujas obras são mais
visualizadas na actualidade (2005), dada a quantidade de obras em locais
públicos (em particular os paineis de Fátima que são frequentemente mostrados
na televisão) e o uso de uma imagem dos vitrais da Casa do Douro no selo fiscal
em todas as garrafas de vinho português.
Depois
de frequentar o ateliê do seu professor e amigo Narciso Costa, cursou a Escola
de Belas Artes de Lisboa e Escola de Belas Artes do Porto. Nesta última foi
discípulo de João Marques de Oliveira.
Em
1918 inaugurou, em Leiria, a sua primeira exposição individual, em 1924, expôs
na Sociedade Nacional de Belas Artes de Lisboa e, em 1925, é incluído no I
Salão de Outono, participa na remodelação do Bristol Club, e expõe na Exposição
Ibero-Americana de Sevilha. Após 1930 participou no I e II Salão dos
Independentes, na Exposição Colonial de Paris e no Salão de Inverno de 1932,
para, em 1935, figurar na Exposição do Secretariado Nacional de Informação. Em
1938 realiza o friso para a sala do Presidente da Assembleia Nacional, pinta os
frescos do arco triunfal e da varanda do coro da Igreja de Nossa Senhora de
Fátima, ilustra o livro Amadis, de Afonso Lopes Vieira, tal como para La
Jeunesse Portugaise à l'École, de António Mattoso, datada de 1939.
Em
1940 participa na Exposição do Mundo Português e é admitido como professor na
Escola de Artes Decorativas António Arroio, em Lisboa.
Em
1944 volta a expôr no Secretariado da Propaganda Nacional, sendo estendida a
duração do evento, devido ao sucesso que obteve junto do público. Assina, em
1945, os vitrais para a Casa do Douro, em 1946 os vitrais da Capela do Colégio
das Escravas do Sagrado Coração de Jesus.
Escreveu,
em 1949, uma petição ao Ministro da Educação Nacional, solicitando a realização
de provas que lhe permitissem terminar o Curso Superior de Pintura, obtendo a
respectiva Carta de Curso, a 15 de Julho desse ano.
Ainda
em 1949 são-lhe encomendados os frescos e vitrais do Salão Nobre da Câmara
Municipal de Vila Franca de Xira, realizando obra semelhante na Câmara
Municipal da Covilhã, em 1957. Em 1952 realiza o painel cerâmico para o átrio
principal do LNEC. Executou os paineis de cerâmica da Faculdade de Direito da
Universidade de Lisboa, em 1957, e, em 1958, para o Pavilhão do Corpo de Alunos
do Colégio Militar e para o Instituto de Higiene e Medicina Tropical.
É
autor, em 1959 da Tapeçaria Olisipo, realizada para o Hotel Ritz, em Lisboa. Em
1961 realiza os vitrais para o grande pórtico da Aula Magna e pinta, em 1966 os
frescos para o átrio principal da Biblioteca Nacional e os vitrais para o
Tribunal de Seia.
Por
imposição do limite oficial de idade, aposenta-se do ensino em 1968, ficando
impedido de continuar a dirigir a Escola António Arroio. Existe actualmente
nesta escola uma galeria de exposições com o seu nome.
Foi
casado com Maria Helena de Noronha Tudela e cunhado de António Mattoso.
Morreu
em 1974, vítima de um acidente vascular quando se encontrava a trabalhar no seu
ateliê na pintura Mercado.
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