sábado, 30 de janeiro de 2010

ACADEMIAS

Instituições cujo nome deriva da Academia de Platão. Tiveram origem na Itália seiscentista, onde as reuniões humanistas rapidamente atraíram a protecção oficial, p. ex. a famosa Accademia Platonica fundada por Cimso I de Florença (c. 1542), que se tornou um modelo frequente para organismos semelhantes. A Accademia di Disegno (1562) de Vasari teve por objectivo estabelecer o estatuto dos artistas (um móbil frequente destas fundações); mas muitas eram essencialmente organizações de ensino, p. ex. a academia dos Carracci. Por volta de 1870 mais de 100 academias floresciam na Europa indicando a crescente consciência da importância de reintegrar as artes e a sociedade. Entre as instituições britânicas são exemplos a Royal Academy of Music (R.A.M.; 1922), o Royal College of Music (R.C.M.;1904). As academias literárias têm por vezes funcionado como árbitros da língua. Neste aspecto a Académie Française, fundada por Richelieu em 1635, é preeminente. Tem sido, no entanto, acusada de excessivo conservadorismo e excluiu muitos grandes escritores franceses, incluindo Molière, Balzac e Flaubert. Na pintura, o mesmo tipo de crítica tem sido dirigido à Royal Academy britânica (R.A.; 1768; muitos pintores britânicos treinaram-se nas suas escolas) e à Académie Royale des Beaux-Arts francesa (fundada por Luís XIV em 1648, dissolvida em 1793 e reintegrada em 1816 como Académie des Beaux-Arts). A British Academy (1901) dedica-se ao ensino em muitos campos.

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