segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

LINO ANTÓNIO


Peixeirinhas, 1938, óleo sobre tela, 80 x 70 cm

Lino António
Lino António da Conceição (Leiria, 26 de Novembro de 1898 — Lisboa, 23 de Outubro de 1974) foi um pintor português, possivelmente aquele cujas obras são mais visualizadas na actualidade (2005), dada a quantidade de obras em locais públicos (em particular os paineis de Fátima que são frequentemente mostrados na televisão) e o uso de uma imagem dos vitrais da Casa do Douro no selo fiscal em todas as garrafas de vinho português.
Depois de frequentar o ateliê do seu professor e amigo Narciso Costa, cursou a Escola de Belas Artes de Lisboa e Escola de Belas Artes do Porto. Nesta última foi discípulo de João Marques de Oliveira.
Em 1918 inaugurou, em Leiria, a sua primeira exposição individual, em 1924, expôs na Sociedade Nacional de Belas Artes de Lisboa e, em 1925, é incluído no I Salão de Outono, participa na remodelação do Bristol Club, e expõe na Exposição Ibero-Americana de Sevilha. Após 1930 participou no I e II Salão dos Independentes, na Exposição Colonial de Paris e no Salão de Inverno de 1932, para, em 1935, figurar na Exposição do Secretariado Nacional de Informação. Em 1938 realiza o friso para a sala do Presidente da Assembleia Nacional, pinta os frescos do arco triunfal e da varanda do coro da Igreja de Nossa Senhora de Fátima, ilustra o livro Amadis, de Afonso Lopes Vieira, tal como para La Jeunesse Portugaise à l'École, de António Mattoso, datada de 1939.
Em 1940 participa na Exposição do Mundo Português e é admitido como professor na Escola de Artes Decorativas António Arroio, em Lisboa.
Em 1944 volta a expôr no Secretariado da Propaganda Nacional, sendo estendida a duração do evento, devido ao sucesso que obteve junto do público. Assina, em 1945, os vitrais para a Casa do Douro, em 1946 os vitrais da Capela do Colégio das Escravas do Sagrado Coração de Jesus.
Escreveu, em 1949, uma petição ao Ministro da Educação Nacional, solicitando a realização de provas que lhe permitissem terminar o Curso Superior de Pintura, obtendo a respectiva Carta de Curso, a 15 de Julho desse ano.
Ainda em 1949 são-lhe encomendados os frescos e vitrais do Salão Nobre da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, realizando obra semelhante na Câmara Municipal da Covilhã, em 1957. Em 1952 realiza o painel cerâmico para o átrio principal do LNEC. Executou os paineis de cerâmica da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em 1957, e, em 1958, para o Pavilhão do Corpo de Alunos do Colégio Militar e para o Instituto de Higiene e Medicina Tropical.
É autor, em 1959 da Tapeçaria Olisipo, realizada para o Hotel Ritz, em Lisboa. Em 1961 realiza os vitrais para o grande pórtico da Aula Magna e pinta, em 1966 os frescos para o átrio principal da Biblioteca Nacional e os vitrais para o Tribunal de Seia.
Por imposição do limite oficial de idade, aposenta-se do ensino em 1968, ficando impedido de continuar a dirigir a Escola António Arroio. Existe actualmente nesta escola uma galeria de exposições com o seu nome.
Foi casado com Maria Helena de Noronha Tudela e cunhado de António Mattoso.

Morreu em 1974, vítima de um acidente vascular quando se encontrava a trabalhar no seu ateliê na pintura Mercado.

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