domingo, 2 de fevereiro de 2014

Rodolfo Amoedo

O Último Tamoio (1883)

Rodolfo Amoedo
Rodolfo Amoedo (Salvador, 11 de dezembro de 1857 — Rio de Janeiro, 31 de maio de 1941) foi um pintor, desenhista, professor e decorador brasileiro.
Começou na profissão convidado por um amigo letrista para trabalhar no extinto Teatro São Pedro. Em 1873, matriculou-se no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro, onde foi aluno de Costa Miranda, Sousa Lobo e Victor Meirelles. No ano seguinte, ingressou na Academia Imperial de Belas Artes, onde estudou com outros grandes artistas, como Zeferino da Costa, Agostinho José da Mota e o escultor Chaves Pinheiro. Em 1878, ainda muito jovem e com uma tela retratando O sacrifício de Abel, conquistou, em polémico concurso, o Prémio de Viagem à Europa, no qual concorria com Henrique Bernardelli e o paisagista e pintor de assuntos históricos Antônio Firmino Monteiro.
Estudos em Paris.
De 1879 a 1887 viveu e estudou em Paris. Inicialmente, cursou a Academia Julian e em 1880 conseguiu matricular-se na École des Beaux-Arts. Recebeu a orientação de pintores renomados como Alexandre Cabanel, Paul Baudry e Puvis de Chavannes, participou do Salon de Paris (1882, 1883 e 1884) e passou a desenvolver seus grandes temas em torno da mitologia (A narração de Filectas), da Bíblia (Jesus em Cafarnaum, A partida de Jacob) e da literatura brasileira, na qual se destacou pela produção de grandes telas voltadas para o indianismo (O Último Tamoio, Marabá).
De volta ao Rio de Janeiro, ainda em 1888 foi nomeado professor honorário da Academia, passou a lecionar na Escola Politécnica do Rio de Janeiro e realizou sua primeira exposição individual. Foi várias vezes premiado nas Exposições Gerais de Belas Artes, destacando-se a medalha de ouro na Exposição Comemorativa do Centenário da Abertura dos Portos (RJ, 1908), e a medalha de honra na Exposição Geral de 1917.

Foi professor da Escola Nacional de Belas Artes (ENBA), onde incentivava seus alunos a pesquisar os mais diversos processos de pintura: têmpera, encáustica, aguarela etc. Foi também vice-diretor da ENBA, ocupando, interinamente, o cargo de director em diversas ocasiões. Criou os painéis para o Supremo Tribunal Federal em 1909, para a Biblioteca Nacional e para o Theatro Municipal do Rio de Janeiro em 1916. Em 1918, foi novamente contratado pela ENBA para reger a segunda cadeira de Pintura da Escola, cargo que ocupou até a sua aposentadoria em 1934. Entre seus inúmeros alunos, cumpre destacar Batista da Costa, Rodolfo Chambelland, os irmãos Arthur Timóteo da Costa e João Timóteo da Costa, Lucílio de Albuquerque, Eliseu Visconti e Candido Portinari.

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